Simplex chega à leitura

 

 

 

Biblioteca Municipal aproxima-se dos leitores recorrendo ás novas tecnologias

 

Os ‘velhos’ cartões de leitor da Biblioteca Municipal de Santarém estão a ser substituídos por modernas tarjas de plástico que incluem, para além da identificação, um código de barras no verso e a fotografia digital do utilizador.

O processo é gratuito e feito no imediato, bastando para tal apresentar o bilhete de identidade no balcão de atendimento. A partir daí, poderá consultar, de uma forma mais rápida, o catálogo informático e levar para casa até três livros, deixando de ser necessário o preenchimento da ficha de empréstimo.

A sala de leitura, que ocupa desde 1926 o Palácio dos Barões de Almeirim, no centro da cidade, dá agora mais um passo no sentido de se adaptar ás novas tecnologias, e as bases de dados, quer dos utentes quer do acervo, vão permitir “libertar” os especialistas da biblioteca para outras funções, como o apoio aos utilizadores ou a manutenção do espólio.

Com o desaparecimento dos registos em papel, os sete técnicos poderão iniciar a inventariação dos “livros antigos” que estão à guarda da BMS, entre os quais, os cerca de 10 mil volumes de Anselmo Braamcamp Freire ou os cinco mil de Adelaide Félix, que passarão a constar também naquele catálogo electrónico, do qual fazem parte “todas as obras mais recentes”, que foram entretanto adquiridas ou doadas.

Segundo Teresa Moreira, este novo sistema vai também facilitar “o tratamento estatístico dos dados recolhidos pela biblioteca”, no que respeita ao número de obras requisitadas ou à frequência de utilização, entre outros, uma tarefa intricada e que até aqui era feita manualmente pelos funcionários, “que perdiam muito tempo”.

Para a chefe de Divisão do Património de Arquivos e Bibliotecas a “actualização do número de leitores”, que não estão contabilizados em rigor, é outra das vantagens do sistema, um trabalho que estará concluído no final deste ano.

No futuro, este novo sistema de gestão vai permitir colocar o catálogo on-line, à semelhança do que já acontece em algumas bibliotecas universitárias e públicas do país, podendo possibilitar mesmo a renovação dos empréstimos a partir de casa.

O
serviço público de biblioteca nasceu em Santarém em 1880, e desde então tem-se aproximado progressivamente dos leitores, oferecendo hoje, para além do empréstimo domiciliário mais facilitado, um conjunto variado de serviços que passam pela consulta de Internet, reprografia, animação cultural e cursos breves.

 

Filipe Miguel Mendes

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